Oba oba, atrasos e pressão. Como direção ajudou na derrocada do Corinthians

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A eliminação do Corinthians na Copa Libertadores se desenhou em campo, com duas derrotas para o Guaraní-PAR. Mas diversos acontecimentos que se passaram fora dele e envolvem a diretoria ajudam a explicar porque o clube vive dias tão difíceis.

Uma entrevista do diretor de futebol Sérgio Janikian à Fox Sports, concedida pouco antes do jogo da última semana, fortaleceu a ideia de que o Corinthians não deu o devido respeito ao Guaraní. Janikian classificou o adversário como um “presente de Deus”, o que fez jogadores, comissão técnica e presidente se esforçarem desde então para negar qualquer tipo de soberba. No dia seguinte à entrevista, o diretor chegou a negar de forma ríspida, em coletiva, que tivesse feito tais comentários.

Membro ativo na gestão passada, Roberto de Andrade iniciou sua administração com uma dívida com o elenco como herança. O presidente e seus diretores trabalharam atrás de um empréstimo para pagar jogadores durante mais de três meses, mas só a poucas horas do jogo de quarta à noite é que conseguiram a liberação de R$ 6 milhões em empréstimo – equivalente a pouco mais de 25% da dívida total com o elenco. Na véspera, Roberto havia negado que o assunto dinheiro tivesse qualquer influência em campo, postura idêntica à do elenco.

A incomum entrevista coletiva do presidente corintiano na véspera da eliminação, assim como a presença de praticamente todos os dirigentes no treinamento, elevaram o tom sobre a importância da classificação. Foi a diretoria corintiana que optou por uma atividade na véspera com 7 mil torcedores na Arena Corinthians. Quando a bola rolou de fato, o time mostrou dificuldade para conviver com a pressão. Nervoso ao extremo, terminou o jogo com nove.

Principal liderança política, o superintendente de futebol Andrés Sanchez também é alvo de críticas por conta de sua distância física do Corinthians. Ele acumula a função de deputado federal e, naturalmente, passa boa parte da semana em Brasília. Assim, longe do vestiário, dos problemas e da busca por soluções para os problemas internos.

Nem ele e nem Roberto de Andrade, vale lembrar, estiveram no Paraguai com o Corinthians na fatídica derrota por 2 a 0 para o Guaraní. Naquele jogo, a principal autoridade do clube era justamente o diretor de futebol Sérgio Janikian.

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